Notícia
14 JUNLinfedema
O sistema linfático desempenha diversas ações na homeostase tecidual e uma disfunção em um
determinado segmento corpóreo não só acarreta um edema (inchaço) localizado, mas também
alterações histológicas teciduais com transformação para fibrose, aumento das células de gordura
e diminuição da imunidade do local afetado.
Linfedema é uma doença crônica que se manifesta pelo acúmulo de líquido intersticial e
alterações teciduais ocasionados por uma insuficiência da circulação linfática. O edema
resultante apresenta características próprias que o diferencia daqueles decorrentes de outras
manifestações clínicas.
Ocorre um aumento progressivo do volume do membro com linfedema por acúmulo de líquido
e proteínas no tecido subcutâneo, ou seja, aquele localizado abaixo da pele, e uma alteração
gradativa no padrão histológico com importantes repercussões funcionais e estéticas, e que
alteram a qualidade de vida dos portadores de linfedema.
Como consequência da diminuição da imunidade local, secundária a uma disfunção da
circulação linfática, o membro com linfedema pode desenvolver infecções bacterianas frequentes
conhecidas com erisipelas. O processo inflamatório, ocasionado pelas infecções, piora o
linfedema e agrava a fibrose tecidual o que aumenta o volume e o peso do membro e limita ainda
mais suas funções.
É fundamental o diagnóstico na fase mais inicial do linfedema, pois o tratamento e a orientação
adequada podem evitar a progressão do linfedema para as formas avançadas e limitantes da
doença.
A consulta com um cirurgião vascular é essencial para o diagnóstico do linfedema e o
acompanhamento do tratamento.
Dr. José Luiz Cataldo
CRM-SP 33156
Especialista em Cirurgia Vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.
Membro Efetivo da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.