Instituto Meirelles de Cirurgia Vascular

Angiologia - Laser - Cirurgia Vascular e Endovascular

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Notícia

12 MAR
Placas de gordura, um grande vilão

Tabagismo, sedentarismo e alimentação inadequada são alguns dos principais hábitos de vida que podem levar uma pessoa a desenvolver a arterosclerose, que consiste no acúmulo de placas de gorduras nas artérias, que impedem a passagem do sangue. A doença é a principal característica dos males cardiovasculares. “A forma como conduzimos nossa vida interfere na velocidade de progresso da doença. Grande parte dos fatores de risco são determinados por hábitos que escolhemos diretamente, como o tabagismo, sedentarismo e a nossa alimentação. Outros fatores são controláveis, como doenças, que com uso de medicações e alimentação adequada podem ter seus efeitos reduzidos”, disse Guilherme Vieira Meirelles, angiologista e cirurgião vascular e endovascular. Dados do Ministério da Saúde mostram que no Brasil as doenças cardiovasculares são responsáveis por 29,4% de todas as mortes registradas no País ao ano. Isso significa que mais de 308 mil pessoas morrem principalmente de infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC). Segundo o órgão, 60% dessas vítimas são homens, com média de idade de 56 anos. “O grau de isquemia — falta de oxigenação — para levar à morte celular varia com o tipo de célula. Algumas resistem mais com níveis baixos de irrigação e outras são extremamente sensíveis”, explicou o especialista. A alta frequência do problema coloca o Brasil entre os dez países com maior índice de mortes por doenças cardiovasculares. Essas patologias afetam o coração e as artérias. Para funcionar, o corpo humano precisa de oxigênio. O sangue sai do coração com oxigênio e atinge todos os órgãos por meio das artérias; depois, volta ao coração pelas veias para se reabastecer de oxigênio. Quando as artérias fecham (aterosclerose), ocorre um infarto na região que não recebeu o oxigênio. Basta não receber oxigênio para região entrar em colapso. A doença se desenvolve ao longo da vida, sendo, portanto mais frequente em pacientes com idade mais avançada. “O diagnóstico precoce e a adesão ao tratamento são fundamentais para a preservação dos membros e da vida do doente. Nossas chances de sucesso dependem fundamentalmente deste entendimento da doença pelo paciente e de sua participação tanto no cuidado clínico no tratamento das doenças associadas quanto na mudança de hábitos de vida”, afirmou Meirelles. O angiologista explicou que vários outros fatores contribuem para a degeneração da parede arterial, sendo que a intensidade e duração das agressões determinam a gravidade da doença. Entre os fatores relacionados à progressão da aterosclerose estão principalmente a idade, sexo, hereditariedade, composição da dieta, tabagismo, sedentarismo, obesidade e hipertensão arterial. Os sintomas dependem da região acometida e do grau de obstrução da artéria em questão. “A doença geralmente é sistêmica e acomete de forma associada mais de um segmento arterial, provocando sintomas em mais de um segmento. Podemos imaginar que em todo nosso organismo temos artérias que são responsáveis pela irrigação dos tecidos. Todas estas são passíveis de doença, determinando riscos específicos de perda da função do órgão, perda do membro ou mesmo óbito do indivíduo.” Como exemplo da diversidade dos sintomas desta doença considera-se a presença da doença arterial obstrutiva nos membros inferiores. Os sintomas iniciais podem incluir queixa de dor na panturrilha durante a caminhada, que melhora quando o indivíduo para. “Esta dor aparece somente quando se faz necessário mais oxigênio para o tecido muscular, que pode ser ao caminhar grandes distâncias ou subidas, até a dor em repouso. A presença de feridas ou necrose também pode ocorrer por falta da irrigação, levando a amputações.” Da mesma maneira, quando acomete as artérias coronárias — coração — pode levar a sinais de insuficiência cardíaca, arritmia ou mesmo a um infarto. Nas artérias carótidas ou cerebrais geralmente são assintomáticas, sendo sua primeira manifestação a isquemia cerebral (AVCI- acidente vascular cerebral isquêmico) que pode ser transitório (com recuperação) ou permanente. De acordo com Meirelles, o diagnóstico precoce e a adesão ao tratamento são fundamentais para a preservação dos membros e da vida do paciente. “Nossas chances de sucesso dependem fundamentalmente deste entendimento da doença pelo paciente e de sua participação tanto no cuidado clínico no tratamento das doenças associadas, quanto na mudança de hábitos de vida criando condições favoráveis para a estabilização da placa e desta forma aumentando a qualidade e longevidade de sua vida.”